NINGUÉM PODE PARAR UMA IGREJA QUE TESTEMUNHA

Mensagem pregada pelo pastor Guilherme Gimenez na PIBFLORIPA em 30 de março de 2025

Série: TESTEMUNHAS DE PODER: A missão da Igreja no Poder do Espírito Santo
Tema: 
NINGUÉM PODE PARAR UMA IGREJA QUE TESTEMUNHA

TEXTO: Atos 27, 28

“Podem até nos calar mas não podem nos impedir de testemunhar”

INTRODUÇÃO

Uma das imagens mais fortes que temos para ilustrar as dificuldades da vida é a tempestade. O vento forte, as ondas gigantes, a incerteza do que vem a seguir. O apóstolo Paulo viveu várias tempestades figuradas. Mas agora ele viverá uma tempestade em alto-mar, sem esperança de sobrevivência, sendo jogado de um lado para o outro, cercado por medo e desespero. Foi exatamente isso que Paulo enfrentou em sua viagem para Roma.

Essa tempestade servirá para ilustrar uma verdade profunda da Palavra de Deus: Ninguém pode parar uma igreja que testemunha! Se estivermos no centro da vontade de Deus, nem prisão, nem tempestades, nem naufrágios podem calar a nossa voz. O testemunho continua até nas privações, até nas dificuldades, até no meio do caos!

1. O TESTEMUNHO CONTINUA MESMO EM MEIO À TEMPESTADE (Atos 27:13-26)

13 – Quando um vento leve começou a soprar do sul, os marinheiros pensaram que conseguiriam chegar lá a salvo. Por isso, levantaram âncora e foram costeando Creta.

14 – Mas o tempo mudou de repente, e um vento com força de furacão, chamado Nordeste, soprou sobre a ilha e nos empurrou para o mar aberto.

15 – Como os marinheiros não conseguiam manobrar o navio para ficar de frente para o vento, desistiram e deixaram que fosse levado pela tempestade.

16 – Navegamos pelo lado menos exposto de uma pequena ilha chamada Cauda, onde, com muito custo, conseguimos içar para bordo o barco salva-vidas que viajava rebocado.

17 – Então os marinheiros amarraram cordas em volta do casco do navio para reforçá-lo. Temiam ser arrastados para os bancos de areia de Sirte, diante do litoral africano, por isso baixaram a âncora flutuante para desacelerar o navio e deixaram que fosse levado pelo vento.

18 – No dia seguinte, como ventos com força de vendaval continuavam a castigar o navio, a tripulação começou a lançar a carga ao mar.

19 – No terceiro dia, removeram até mesmo parte do equipamento do navio e o jogaram fora.

20 – A tempestade terrível prosseguiu por muitos dias, escondendo o sol e as estrelas, até que perdemos todas as esperanças.

21 – Fazia tempo que ninguém comia. Por fim, Paulo reuniu a tripulação e disse: “Os senhores deveriam ter me dado ouvidos no princípio e não ter deixado Bons Portos. Teriam evitado todo este prejuízo e esta perda.

22 – Mas tenham bom ânimo! O navio afundará, mas nenhum de vocês perderá a vida.

23 – Pois, ontem à noite, um anjo do Deus a quem pertenço e sirvo se pôs ao meu lado

24 – e disse: ‘Não tenha medo, Paulo! É preciso que você compareça diante de César. E Deus, em sua bondade, concedeu proteção a todos que navegam com você’.

25 – Portanto, tenham bom ânimo! Creio em Deus; tudo ocorrerá exatamente como ele disse.

26 – É necessário, porém, que sejamos impulsionados para uma ilha”.

Paulo estava a caminho de Roma como prisioneiro, mas ele sabia que não era César quem comandava sua vida – era Deus! No meio da viagem, uma tempestade feroz atinge o navio, e por dias ninguém via o sol ou as estrelas. Todos perderam a esperança… menos Paulo!

 “Ninguém comeu durante muito tempo. Finalmente, Paulo reuniu a tripulação e disse: ‘Senhores, vocês deviam ter me ouvido e não partido de Creta! Teriam evitado todo esse prejuízo e essa perda. Mas agora peço que tenham ânimo! Nenhum de vocês perderá a vida; apenas o navio se perderá’.” (Atos 27:21-22, NVT)

A palavra grega usada para “ânimo” aqui é “euthyméō” (εθυμέω), que significa ter coragem, ser encorajado, estar firme no meio da dificuldade.

Em meio às tempestades da vida, será que nosso testemunho traz coragem e esperança para os que estão ao nosso redor?

Paulo não se desespera. Ele levanta a voz e diz: “Tenham ânimo! Deus me prometeu que chegaremos ao destino.”

O verdadeiro testemunho não é apenas sobre falar de Jesus nos dias bons, mas sobre demonstrar fé quando tudo parece perdido!

2. O TESTEMUNHO CONTINUA MESMO NO NAUFRÁGIO (Atos 27:39-44)

39 – Ao amanhecer, não reconheceram a terra, mas viram uma enseada com uma praia e cogitaram se seria possível chegar ali e atracar o navio.

40 – Então cortaram as âncoras e as deixaram no mar. Depois, afrouxaram as cordas que controlavam os lemes, levantaram a vela da frente e foram rumo à praia,

41 – mas o navio foi apanhado entre duas correntezas contrárias e encalhou antes do esperado. A parte da frente se encravou e ficou imóvel, enquanto a parte de trás, atingida pela força das ondas, começou a se partir.

42 – Os soldados queriam matar os prisioneiros para que não nadassem até a praia e depois fugissem.

43 – O oficial no comando, porém, desejava poupar a vida de Paulo e não permitiu que executassem seu plano. Ordenou aos que sabiam nadar que saltassem ao mar primeiro e fossem em direção a terra.

44 – Os outros se agarraram a tábuas ou pedaços do navio destruído. Assim, todos chegaram à praia em segurança.

Após dias de luta contra o mar revolto, o navio finalmente bate nas rochas e começa a se partir. Os soldados pensam em matar os prisioneiros para evitar fugas, mas Deus intervém e todos chegam à terra com vida.

📖 “Assim, todos chegaram em segurança à praia.” (Atos 27:44, NVT)

A palavra grega usada para “segurança” é “diasōthēsan” (διασώθησαν), que significa ser completamente salvo, resgatado da morte certa.

🔥 Aplicação: Deus nunca prometeu que não enfrentaríamos tempestades, mas Ele prometeu que nos levaria ao nosso destino final!

O naufrágio não foi o fim do testemunho de Paulo – foi só o começo de uma nova oportunidade para pregar!

3. O TESTEMUNHO CONTINUA MESMO QUANDO SOMOS FERIDOS (Atos 28:1-6)

1 – Uma vez a salvo em terra, descobrimos que estávamos na ilha de Malta.

2 – O povo de lá nos tratou com muita bondade. Por ser um dia frio e chuvoso, fizeram uma fogueira na praia para nos receber.

3 – Enquanto Paulo juntava um monte de gravetos e os colocava no fogo, uma cobra venenosa que fugia do calor mordeu sua mão.

4 – Quando os habitantes da ilha viram a cobra pendurada na mão de Paulo, disseram uns aos outros: “Sem dúvida ele é um assassino! Embora tenha escapado do mar, a justiça não lhe permitiu viver”.

5 – Mas Paulo sacudiu a cobra no fogo e não sofreu nenhum mal.

6 – O povo esperava que ele inchasse ou caísse morto de repente. No entanto, depois de esperarem muito tempo e verem que nada havia acontecido, mudaram de ideia e começaram a dizer que ele era um deus.

Depois do naufrágio, Paulo e os sobreviventes chegam à ilha de Malta. Enquanto ele ajuda a acender uma fogueira, uma cobra venenosa morde sua mão! Os habitantes da ilha pensam que ele vai morrer, mas algo extraordinário aconteceu.

 “Paulo sacudiu a cobra no fogo e não sofreu nenhum mal.” (Atos 28:5, NVT)

Aquela picada deveria ser letal, mas Deus protegeu Paulo. Quando as pessoas viram isso, ficaram impressionadas e começaram a ouvi-lo com atenção!

Aplicação: Quantas vezes somos “picados” na vida? Feridos por palavras, traídos por amigos, machucados por decepções. Mas em vez de nos entregarmos à amargura, podemos sacudir as cobras no fogo e continuar testemunhando!

4. O TESTEMUNHO CONTINUA MESMO NA PRISÃO (Atos 28:16-31)

Finalmente, Paulo chega a Roma. Mas em vez de ter liberdade para pregar nas ruas, ele é mantido em prisão domiciliar. Muitos poderiam pensar que seu ministério tinha acabado ali… mas Paulo não para!

 “Durante os dois anos seguintes, Paulo morou em Roma, às próprias custas. Recebia a todos que o visitavam, proclamando com ousadia o reino de Deus e ensinando a respeito do Senhor Jesus Cristo.” (Atos 28:30-31, NVT)

A palavra grega usada para “ousadia” é “parrēsía” (παρρησία), que significa falar sem medo, declarar algo com total confiança e coragem.

Aplicação: Qual é a nossa desculpa para não testemunhar? Paulo estava preso, mas continuava recebendo pessoas, pregando e escrevendo cartas que hoje formam grande parte do Novo Testamento!

CONCLUSÃO

“NINGUÉM PODE PARAR UMA IGREJA QUE TESTEMUNHA!”

Nem tempestades podem nos impedir.
Nem naufrágios podem nos afundar.
Nem feridas podem nos fazer desistir.
Nem prisões podem nos calar.

Seja qual for a situação que você está enfrentando hoje, lembre-se: sempre é tempo de testemunhar!

“Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas…” (Atos 1:8, NVT)

Desafio Final: Se o apóstolo Paulo não se calou, o que está nos impedindo de falar de Jesus?

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