Mensagem pregada pelo pastor Guilherme de Amorim Ávilla Gimenez na PIBFLORIPA em 14 de abril de 2024 no culto noturno.
SÉRIE: COM JESUS NA CIDADE
TEMA: CURTIR OU GANHAR A CIDADE?
TEXTO: Lucas 15:11-32
COMO É MORAR EM UMA DAS MELHORES CIDADES BRASILEIRAS?
– Florianópolis tem o terceiro melhor IDH do Brasil, só perdendo para São Caetano do Sul e Águas de São Pedro;
– Florianópolis é a cidade onde pessoas de todos os cantos do Brasil e do mundo vem tirar férias;
– Tem praias lindas e cartões postais que merecem ser destacados;
– Muita gente quer se aposentar ou terminar sua carreira morando em Florianópolis.
CURTIR A CIDADE É O NATURAL.
Mas somos chamados para ir além disso e GANHAR A CIDADE para Cristo.
ENTENDENDO O CONTEXTO
• Jesus contou as três parábolas (ovelha, dracma e filho perdidos) em resposta à crítica dos fariseus)
• Três palavras-chave nas parábolas: Alegria – encontrar – perdida (o) (15.6, 9 e 32, NVI).
• Jesus estava na cidade de Jerusalém (cidade dos seus compatriotas judeus)
• O evangelho de Lucas enfatiza a salvação para todos os povos (não só para judeus). Em Lucas, as pessoas de má fama são postas em evidência como alvos da compaixão de Jesus.
A PARÁBOLA DO FILHO PERDIDO
Na parábola do filho perdido temos 3 personagens representativos:
1 – O filho perdido, representando os perdidos, que estão longe de Deus;
2 – O filho mais velho, que representa os fariseus e mestres da lei (que pensavam que eram justos);
3 – O pai, que representa Deus Pai com sua compaixão.
Podemos pensar nesses personagens e pessoas reais e nos seus modos de viverem na cidade:
CURTINDO A CIDADE (Verso 11-13)
11 – Jesus continuou: “Um homem tinha dois filhos.
12 – O filho mais jovem disse ao pai: ‘Quero a minha parte da herança’, e o pai dividiu seus bens entre os filhos.
13 – “Alguns dias depois, o filho mais jovem arrumou suas coisas e se mudou para uma terra distante, onde desperdiçou tudo que tinha por viver de forma desregrada.
14 – Quando seu dinheiro acabou, uma grande fome se espalhou pela terra, e ele começou a passar necessidade.
O filho mais novo representa exatamente o desejo de “curtir”, de aproveitar, de desfrutar da sua “parte da herança.” Ele é inconsequente, não pensa em mais nada a não ser no seu desejo de gastar, de viver de uma forma desregrada.
A palavra grega traduzida por “desregrada” ou “dissoluta” (ARA) é ásōtos [dissoluto] de onde vem asōtía [devassidão].
O sentido original é “incurável”; posteriormente recebeu a ideia de dissipação, glutonaria, volúpia e indisciplina. [W. Foerster, I, 506–07]
Assim muitos vivem na cidade. Eles irresponsavelmente só veem a chance de “aproveitar a vida.” É uma filosofia do viver. E tal filosofia é forte o bastante para romper com valores, tradição, relacionamentos (até da família).
Os perdidos estão “gastando” a vida que o Deus Pai lhes deu de maneira errada e autodestruidora. E as consequências vem logo.
15 – Convenceu um fazendeiro da região a empregá-lo, e esse homem o mandou a seus campos para cuidar dos porcos.
16 – Embora quisesse saciar a fome com as vagens dadas aos porcos, ninguém lhe dava coisa alguma.
Quando nós gastamos a vida que recebemos de Deus nos contentamos com uma sobrevida. Com muito menos do que Deus planejou para nós.
GANHANDO A CIDADE (Versos 20-24)
20 – “Então voltou para a casa de seu pai. Quando ele ainda estava longe, seu pai o viu. Cheio de compaixão, correu para o filho, o abraçou e o beijou.
21 – O filho disse: ‘Pai, pequei contra o céu e contra o senhor, e não sou mais digno de ser chamado seu filho’.
22 – “O pai, no entanto, disse aos servos: ‘Depressa! Tragam a melhor roupa da casa e vistam nele. Coloquem-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés.
23 – Matem o novilho gordo. Faremos um banquete e celebraremos,
24 – pois este meu filho estava morto e voltou à vida. Estava perdido e foi achado!’. E começaram a festejar.
O pai representa o próprio Deus. Mas, ao ver sua atitude, nós também entendemos um pouco sobre o que devemos fazer enquanto filhos desse Deus. A primeira coisa a destacar é que o pai é compassivo, amoroso, perdoador e pronto a receber.
Ninguém ganha a cidade se tiver um coração diferente do coração do pai. Ninguém ganha a cidade se não tiver coragem de receber, de amar, de abraçar e de perdoar.
O pai mostra que aquele moço merece misericórdia, graça, aconchego. A atitude do pai excedeu e muito o que o filho esperava.
Nossas atitudes revelam se queremos ou não ganhar a cidade. Uma atitude que é bem negativa em relação a ganhar a cidade é vista no filho mais velho.
25 – “Enquanto isso, o filho mais velho trabalhava no campo. Na volta para casa, ouviu música e dança,
26 – e perguntou a um dos servos o que estava acontecendo.
27 – O servo respondeu: ‘Seu irmão voltou, e seu pai matou o novilho gordo, pois ele voltou são e salvo!’.
28 – “O irmão mais velho se irou e não quis entrar. O pai saiu e insistiu com o filho,
29 – mas ele respondeu: ‘Todos esses anos, tenho trabalhado como um escravo para o senhor e nunca me recusei a obedecer às suas ordens. E o senhor nunca me deu nem mesmo um cabrito para eu festejar com meus amigos.
30 – Mas, quando esse seu filho volta, depois de desperdiçar o seu dinheiro com prostitutas, o senhor comemora matando o novilho!’.
31 – “O pai lhe respondeu: ‘Meu filho, você está sempre comigo, e tudo que eu tenho é seu.
32 – Mas tínhamos de comemorar este dia feliz, pois seu irmão estava morto e voltou à vida. Estava perdido e foi achado!’”.
O filho mais velho representa os fariseus e mestres da Lei que haviam criticado Jesus mas também representa todo aquele filho de Deus que se sente “justo” e “merecedor” do favor do pai em razão de seu esforço pessoal.
O filho mais velho mostra em sua atitude que ele o tempo todo também queria “curtir” mas se sentiu obrigado a trabalhar. Ele não encontrou prazer no Pai e nem no trabalho do pai.
Enquanto formos “filhos mais velhos” não desejaremos a missão, o acolhimento ou o coração aberto para receber os que quebrados na cidade agora querem ajuda.
LIÇÕES APRENDIDAS
1 – “Curtir” a cidade pode ser sinônimo de “perder-se” na cidade.
2 – A casa do pai deve ter portas abertas para receber os que quebrados pela cidade querem abrigo com o Pai.
3 – Acolhimento é sinônimo de receber como o Pai recebe e não como o irmão mais velho gostaria que fosse recebido.
4 – Nós que estamos na casa do Pai devemos nos alegrar e nos sentir privilegiados por isso.
“Em Florianópolis encontraremos pessoas que precisam de Jesus. Nós somos privilegiados por podermos acolhê-los e amá-los como fomos acolhidos e amados por nosso Deus.”