A Cidade Não Precisa de Religiosos e nem de Hipócritas

Mensagem pregada pelo pastor Guilherme de Amorim Avilla Gimenez na PIBFLORIPA em 30 de junho de 2024.

Série: COM JESUS NA CIDADE

Tema: A Cidade Não Precisa de Religiosos e nem de Hipócritas

Texto: Mateus 23

O QUE A CIDADE NÃO PRECISA?

  • Corrupção: A corrupção mina a confiança nas instituições e impede o desenvolvimento sustentável da cidade. Recursos que poderiam ser usados para melhorias urbanas, educação e saúde são desviados, prejudicando a qualidade de vida dos cidadãos.
  • Poluição Ambiental: A preservação das belezas naturais de Florianópolis é essencial. A poluição, seja do ar, da água ou do solo, compromete a saúde pública, a biodiversidade e a atratividade turística da região.
  • Desigualdade Social: A desigualdade cria divisões profundas na sociedade. Florianópolis precisa de políticas que promovam a inclusão social, garantindo que todos os seus habitantes tenham acesso a oportunidades justas de educação, saúde e emprego.
  • Violência: A violência afeta diretamente a segurança e o bem-estar dos cidadãos. Investir em segurança pública, programas de prevenção à criminalidade e apoio comunitário são essenciais para construir uma cidade mais pacífica e próspera.

Mas, além dessa lista, há mais dois itens que a cidade não precisa: religiosos e hipócritas. Com certeza a cidade não precisa mais desse tipo de gente. E o motivo veremos em breve.

A DURA CRÍTICA DE JESUS PARA OS QUE GOSTAM DE MÁS NOTÍCIAS (Versos 1-4)

1 – Então Jesus disse às multidões e a seus discípulos:

2 – “Os mestres da lei e os fariseus ocuparam o lugar de intérpretes oficiais da lei de Moisés.

3 – Portanto, pratiquem tudo que eles dizem e obedeçam-lhes, mas não sigam seu exemplo, pois eles não fazem o que ensinam.

4 – Oprimem as pessoas com exigências insuportáveis e não movem um dedo sequer para aliviar seus fardos.

Por algum motivo os religiosos e hipócritas gostam das más notícias.

Jesus disse que os fariseus estavam “tecnicamente corretos” em termos doutrinários, mas esqueciam-se da essência do coração de Deus. Alguns cristãos acreditam que, para representar com precisão a mensagem do evangelho a um mundo caído, precisamos primeiro certificar-nos de que as pessoas entenderam as “más notícias” de que elas são pecadoras e estão condenadas e de que enfrentarão julgamento; do contrário, elas não sentirão necessidade de se arrependerem e confiarem nas “boas-novas” sobre Jesus salvando-as de seus pecados.

Essa estratégia dos religiosos da época não combina com a de Jesus. Sua abordagem para um mundo perdido e pecaminoso não começou pelas más notícias, mas ele realmente iniciava pelas notícias maravilhosas. Sem querer, esse “evangelho” das “más–notícias-primeiro” deixa as pessoas com uma mensagem que diz: “Se você aceitar Cristo, será agora salvo do inferno, mas ainda está condenado a empenhar-se duro, a fracassar e a tentar viver de modo que mereça a graça de Deus com base nos próprios esforços”.

Isso não leva as pessoas a confiarem plenamente em um Deus amoroso que conduz as pessoas e as transforma. Isso leva as pessoas a se imaginarem merecedoras da graça e salvação apenas pelo que fazem de certo e não pelo que Jesus Cristo lhes fez.

Em alguns momentos Jesus falou palavras duras. Só que nós precisamos entender o contexto e o momento em que ele fazia isso. Jesus falou sobre as “más notícias” a respeito do julgamento e do inferno, mas reservou as “más notícias” como aviso para aqueles que rejeitavam ou resistiam a seu bom convite. Algumas vezes o orgulho e a depravação humana endurecem o coração humano que a única esperança de restauração é lançar mão das “más notícias”.

Jesus desafiava as massas. Ele fazia declarações provocantes e chocantes para diferenciar quem estava buscando verdadeiramente daqueles que não estavam, mas o martelo da verdade e avisos de julgamento normalmente vinham somente depois de repetida rejeição das boas-novas. As más notícias eram dirigidas ao coração endurecido! Essa era a abordagem de Jesus.

A CIDADE NÃO PRECISA DE RELIGIOSOS (Versos 5-7)

5 – “Tudo que fazem é para se exibir. Usam nos braços filactérios mais largos que de costume e vestem mantos com franjas mais longas.

6 – Gostam de sentar-se à cabeceira da mesa nos banquetes e de ocupar os lugares de honra nas sinagogas.

7 – Gostam de receber saudações respeitosas enquanto andam pelas praças e de ser chamados de ‘Rabi’.

Os religiosos gostam de “más notícias.” Isso porque se escondem por trás delas, fazendo de rituais e tradições um escudo. Por trás desse escudo se vê uma vida que ainda não experimentou a verdadeira transformação.

Os religiosos tentam impressionar os não religiosos. Seu foco não é serem reconhecidos por Deus mas sim pelas pessoas. A prática externa das tradições e rituais é feita não porque o coração está sedento por Deus mas sim porque há uma cobrança constante na tentativa de impressionar as pessoas.

A cidade não precisa de religiosos porque as transformações reais só acontecem quando a fé genuína está presente. Rituais ou aparência externa não modificam a cidade, não transformam vidas, não trazem impacto real sobre a cidade. Na verdade se tornam por vezes muros que impedem as pessoas a se aproximarem de Jesus Cristo.

“Conheço muitos que professam ser religiosos, mas nunca os vi fazerem um ato de humanidade ou generosidade desinteressada. Não confio em sua religião.”

(Frase atribuída a Charles Spurgeon)

A CIDADE NÃO PRECISA DE HIPÓCRITAS (Versos 13-15; 27 e 28)

13 – “Que aflição os espera, mestres da lei e fariseus! Hipócritas! Fecham a porta do reino dos céus na cara das pessoas. Vocês mesmos não entram e não permitem que os outros entrem.

14 – “Que aflição os espera, mestres da lei e fariseus! Hipócritas! Tomam posse dos bens das viúvas de maneira desonesta e, depois, para dar a impressão de piedade, fazem longas orações em público. Por causa disso, serão duramente castigados.

15 – “Que aflição os espera, mestres da lei e fariseus! Hipócritas! Atravessam terra e mar para converter alguém e depois o tornam um filho do inferno, duas vezes pior que vocês.

27 – “Que aflição os espera, mestres da lei e fariseus! Hipócritas! São como túmulos pintados de branco: bonitos por fora, mas cheios de ossos e de toda espécie de impureza por dentro.

28 – Por fora parecem justos, mas por dentro seu coração está cheio de hipocrisia e maldade.

Um hipócrita é alguém que finge ser algo que não é. É uma pessoa que aparenta piedade, mas cujo coração está longe de Deus. Jesus mirou a maioria de seus discursos duros não em direção aos “pecadores”, mas às pessoas religiosas.

Se você estudar os encontros de Jesus cronologicamente, durante os primeiros dois anos e meio de seu ministério falou palavras duras e de confronto apenas oito vezes! Em seis dessas ocasiões, dirigiu palavras duras aos fariseus ou religiosos que deveriam ter um conhecimento maior a respeito das coisas de Deus.

Jesus falou outras 22 palavras de confronto ou desafio durante o último ano de seu ministério. Metade delas era dirigida aos fariseus. Assim, 2/3 de todas essas palavras de confronto aconteceram no último ano, depois que as pessoas tinham ouvido as boas-novas, seguindo Jesus durante vários anos, testemunhando a cura divina e o poder doador de vida, e ainda assim permaneciam endurecidas. Jesus expandiu a confrontação depois de anos de convite persistente! Nós devemos tomar nota disso e seguir os caminhos de Jesus. Se ignoramos o tempo oportuno e o contexto, podemos facilmente compreender mal as palavras duras de Jesus como algo rotineiro a fazer em cada encontro. Esse não era o direcionamento de Cristo.

Os hipócritas gostam de ser duros porque isso satisfaz o seu ego. Isso faz com que pessoas se sintam terríveis enquanto eles se sentem bem e confortáveis escondidos por trás de sua fachada religiosa que esconde os verdadeiros objetivos de sua espiritualidade que com certeza não é agradar a Deus.

A CIDADE PRECISA DE DISCIPULOS DE JESUS (Versos 11 e 12)

11 – O mais importante entre vocês deve ser servo dos outros,

12 – pois os que se exaltam serão humilhados, e os que se humilham serão exaltados.

Um discípulo de Jesus é alguém que segue Jesus de maneira sincera e integral, sendo transformado pelo Espírito Santo e vivendo de acordo com os ensinamentos de Cristo. Um verdadeiro discípulo é humilde e serve aos outros com amor e compaixão. A vida de um discípulo é marcada por uma transformação interna que se manifesta em ações e atitudes que glorificam a Deus.

A CIDADE TRANSFORMADA POR JESUS

Somos desafiados por Jesus a examinar nossas próprias vidas para ver se estamos vivendo como religiosos, hipócritas ou verdadeiros discípulos.

Vamos orar. Senhor, pedimos que nos ajude a sermos verdadeiros discípulos de Jesus. Que possamos viver uma vida de autenticidade, humildade e serviço. Transforme nossos corações para que possamos ser luz e sal nesta cidade. Em nome de Jesus, amém.

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